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O dia em que eu comecei a aprender a ser mãe...

  • Manu
  • 11 de jul. de 2014
  • 3 min de leitura

Quadrinho com os dados do Vítor no dia em que ele veio ao mundo!

A gente passa 9 meses carregando um serzinho na barriga, e parece tempo demais pra se preparar para ser nada mais, nada menos que... MÃE!

Mas não!

Os 9 meses passam voando e você mal dá conta de providenciar tudo que precisa pra chegada do bebê, quanto mais pra se preparar pro tanto que sua vida vai mudar! Você lê livros, se informa, faz cursos e fica toda crente que, SIM, posso assumir a maternidade! Mole, mole!

Puro lero-lero!

Nunca se sabe o suficiente e mesmo que na teoria você tenha aprendido de tudo, na prática é tudo bem diferente!

Você rezou e pediu a Deus um bebê saudável, mas esqueceu de pedir um bebê sereno, sem cólicas, tranquilo, calmo, que durma bem e de preferência sozinho no bercinho! Óbviamente que, só por ele ser saudável você já tem mais de mil motivos para por a mão para os céus... mas ainda assim, em algum momento você vai rezar copiosamente para que ele fosse alguma dessas outras coisas que citei acima!

Um belo dia você sai de casa, barriguda, cheia de dor e cheia de malas também...rumo ao hospital e ao desconhecido! Você acha realmente que tem TUDO sob controle! Na malinha da maternidade não falta NADA. O problema é que, pra ser mãe, tem tanta coisa que não cabe em mala!

No dia 25 de Janeiro de 2014 eu comecei a aprender a ser mãe! Digo que comecei a aprender, porque sinceramente sei lá se isso é um aprendizado que algum dia na vida se conclui!

É impossível explicar, descrever ou narrar as emoções que senti especificamente nesse dia da minha vida! Porém continua sendo muito difícil explicar, descrever ou narrar várias emoções e sentimentos que tenho vivido desde então!

Por isso resolvi escrever nesse blog!

Pra falar de como é SER MÃE da vida real!

Sei lá porque diabos alguém decidiu pintar a maternidade apenas de cor-de-rosa e tornar obrigatório que pra ser mãe tem que ser super heroína! Deve ter sido a mesma tal que decidiu queimar sutiã em praça pública clamando por direitos iguais e que na verdade nos trouxe foi muito mais deveres, cobranças e obrigações. NÃO!!! Não temos que ser SEMPRE fortes, super, decididas, alegres, e nem temos que estar sempre certas!!!

Acredite-me... De modo geral, desde que me tornei mãe tenho tido muito mais dias coloridos!!! Mas a cor cinza, ou até mesmo preta não deixa de existir na paleta de cores do nosso dia a dia!

O meu recado pra que está passando por isso agora, ou vai passar em breve é: NÃO tenha vergonha de SENTIR os SEUS SENTIMENTOS!!!

Todo mundo pinta a maternidade de tal forma que faz parecer que a partir de então a gente só tem direito de se sentir FELIZ. E é complicado mesmo assumir quando a gente se sente triste, desesperada, com medo, neurótica, arrasada, frustrada ou qualquer outra coisa que não seja um sentimento bom... afinal, na maioria das vezes quem se torna mãe, sonhou por, no mínimo 9 meses com isso! Como a gente pode sentir qualquer coisa ruim se a gente desejou tanto e sonhou tanto com algo? Soa contraditório!

Mas a verdade é que continuamos sendo humanas e continuamos sendo INDIVÍDUOS! E por um bom tempo nos vemos privadas da tal liberdade, porque temos, colados em nós 24 horas por dia um serzinho que depende integralmente de nós e, às vezes, do papai!

De uma hora pra outra a gente deixa de ser a fulana de tal (no meu caso, a Manu!)... pra ser apenas a mãe do fulano de tal (no meu caso, do Vítor!). A gente deixa de ter profissão e de ser reconhecida profissionalmente, deixa de ser sensual e de saber seduzir por um tempo...aliás, nem vontade disso a gente tem! A gente praticamente perde nossa identidade! E SIM! No começo é muito difícil digerir tudo isso!

Mas se tem outra mensagem que eu quero deixar com esse primeiro post e em qualquer momento em que bater o desespero é que: TUDO PASSA!

Então aproveitemos, nos mergulhemos e aventuremos nesse novo universo da maternidade! Busquemos nesse novo mundo reencontrar nosso espaço e identidade! Com certeza, de um jeito ou de outro, mais cedo ou mais tarde, a gente chega lá!!!

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