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Pelo direito de ser a melhor mãe que eu quiser ser!

  • Manu
  • 8 de jun. de 2015
  • 7 min de leitura

Ao meu ver, era pra ser leve e gostoso... sim! Eu tô falando da maternidade! E é assim que eu busco encarar, afinal, não foi obrigação e sim opção! E se a gente escolhe viver e mergulhar de cabeça em algo, só vale mesmo a pena se for pra ser de peito aberto e com leveza, não?


Fato é, em tese a maternidade deveria ser muito mais coração do que razão... Aliás, o que eu menos quero é ter razão pros outros! Quero ser coerente apenas com aquilo que é importante e valioso para mim, pro meu filho e pro meu marido! Já tá bom demais! Porém hoje em dia é TANTA teoria, e TANTA cobrança, TUDO disfarçado de bem querer... que o que era pra ser simples, complicou! Digo disfarçado de bem querer pois muito excesso de zelo é justificado como amor demais... pais e mães viraram uns bananas, pois segundo a teoria, tudo e qualquer coisa que se faça pode gerar sérios traumas e danos futuros ao bebê e como eles "amam demais" acabam seguindo toda a teoria pé de chinelo! Acontece que corrigir, chamar atenção, disciplinar, contrariar e mostrar que toda ação tem uma consequência também são demonstrações absurdas (e muito mais difíceis!) de amor!


Sei lá como, mas só sei que as mães perderam a capacidade de serem expontâneas, de seguirem seus sexto-sentidos, de serem mais instintivas e ouvirem o que o coração fala... Tudo porque, aquilo que a autora do livro do momento disse passou a valer muito mais do que aquilo que a mãe sente ou deseja, né? E a todo momento surge um tal novo "jeito-certo-de-cuidar-dos-filhos" ditado pelo próximo teórico da moda.


A cama compartilhada, a amamentação em livre demanda, o treinamento do sono do bebê, a criação com apego, as crianças francesas que não fazem manha, até a obrigação de estar apta a ter um parto normal virou regra. Meu DEUS! Eu não sabia que eu tinha que ter estudado tanto pra ser mãe!


Nada contra você se identificar com uma ou outra teoria! E nada contra também você mergulhar em conhecimento pra se tornar a melhor mãe que julga poder ser! MAs TUDO contra duas coisas:


1) Você julgar que, porque você pesquisou e estudou algo, e se identificou com aquela teoria, aquilo é o certo e todo mundo que faz o contrário com o filho não é mãe/pai o suficiente!


2) Você ir contra o seus sentimentos, o seu coração, o seu desejo, tudo porque a fulana-bam-bam-bam-de-tal disse que o correto é de um jeito diferente, que não te deixa nada feliz ou a vontade!


Usando exemplos, pra ficar mais claro...


Hoje em dia está SUPER na moda a tal cama compartilhada, a tal criação com apego e o tal treinamento do sono!


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Quanto à cama compartilhada, EU, EMMANUELLA FRAGA, tenho pânico, aversão e repulsa e nunca na vida cogitei aplicar! Mas isso sou EU! Pra algumas pessoas eu devo ser uma mãe pouco afetiva, desamorosa e desgarrada do filho! Segundo os teóricos do momento... POBRE de mim! Sou uma péssima mãe! Mas sinto muito!!! Por mais que eu ame meu bebê, eu não consigo pregar o olho quando ele está na mesma cama que eu, não consigo relaxar, morro de pânico dele se acostumar e só querer dormir entre o marido e eu ou de rolar por cima dele, e morreria de saudade também de ter meu momentinho com meu marido na cama antes de dormir! Além do mais, acho bem mais complexo e triste ter que tirar esse hábito da criança depois... Se eu fosse ligar pra opinião dos outros, tava me sentindo a mais cruel das mortais! hahaha


Porém se você é adepta da cama compartilhada e se identificou, se te faz bem e faz bem à sua família e ao seu filho, ÓTIMO! Parabéns! Vá com tudo! Pouco importa também se fulano ou beltrano, ou seu eu mesma achar que você mima seu filho demais, que você vai deixar o menino dependente e bla-bla-bla! A decisão é todinha sua! Eu posso até te apresentar mil argumentos sobre o porque EU não quero usar esse recurso por aqui, mas é apenas o meu ponto de vista! E tenho absoluta certeza que você já terá na ponta da língua mil argumentos sobre as vantagens de se utilizar a técnica como resposta para mim! Onde chegaremos com isso??? Provavelmente a lugar nenhum, pois já temos nossas opiniões formadas, já nos informamos ou já nos identificamos! Ainda assim, um debate saudável para troca de idéias e conhecimentos é sempre super bem-vindo! O que não dá pra engolir é uma mãe julgando as escolhas da outra como se o seu próprio conhecimento valesse mais que o conhecimento (ou mesmo que a vontade apenas) do próximo!


Outra modinha do momento é a criação com apego! Confesso que ainda não me informei o bastante sobre a teoria, ainda estou lendo, buscando entender... Mas confesso também que SIM, de cara, já me veio na cabeça um mundo formado de crianças mimadas, sem limites e onde a criança de modo geral acaba controlando e manipulando os pais. Pelo pouco que li, foi a impressão que me passou, e sinceramente... AQUI NÃO! Não concordo que TUDO na vida tenha que ser compreendido, dialogado, esclarecido! Certas coisas são inaceitáveis e preciso que meu filho saiba disso...e são assim porque são, e ponto! Existe certo e errado e eu não tenho que ser compreensiva quando meu filho age errado só porque ele está passando por um momento ruim e precisa da minha compreensão! Nem sempre é da minha compreensão que ele precisa! Do meu apoio? Sim! Sempre terá! Mas chamar atenção, negar ou até mesmo "punir" (seja um castigo, seja não dando algo que ele quer... nunca usando violência!) também são formas de apoiar, de mostrar pra ele: "Ei rapazinho! Mamãe quer que você seja um cara correto! Que respeite as regras! Que entenda limites e que saiba que suas ações geram consequências!"...


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Sei que se meu filho está dando um show de pirraça na rua, por exemplo, ele está passando por algum momento de dificuldade e que precisa da minha ajuda pra aprender a superar aquela frustração... Mas sinceramente, não vejo como aceitar, ouvir, abraçar e entender ajuda numa situação dessas! Não vejo repreenda e disciplina como punição! Ao meu ver, disciplinar também é acolher e ajudar e também parte do diálogo! Mas um diálogo mais firme e sem "barganhas". Chamar atençao, "castigar" (sem uso de violência, ÓBVIO!), repreender pra mim são as maiores provas de amor que pais podem dar aos seus filhos porque é DIFÍCIL pra caramba! O coração aperta! Porque nossa tendência é querer mesmo fazer/dar/deixar tudo que o filho quiser... Tudo pra ver aquele sorrisinho lindo! Pra mim seria bem mais fácil comprar o chocolate que meu filho quer do que aguentar o escândalo que ele está fazendo porque eu disse que não está na hora (sem falar na vergonha que a gente passa nessas horas!)! Mas o que eu estaria ensinando a ele se eu não mostrasse que a vida não é só do jeito que ele quer? Que o mundo não vai parar pra abraça-lo e entender suas frustrações quando as coisas sairem diferentes do que o que ele idealizou? Que a música nem sempre toca no nosso ritmo? Óbvio que antes de descartar por completo a teoria, vou me informar melhor! Sempre tento ver tudo com olhar e cabeça aberta, sempro tento absorver o lado positivo de qualquer proposta que seja... Ainda assim, a princípio, não me convenceu! Na teoria achei tudo lindo... na prática parece que não funciona! De qualquer modo... nem é dessa teoria em si que o post visa falar né?


Já quanto o treinamento do sono, que existem mil pessoas contra por, na maioria das vezes ter que deixar o bebê chorar por um período e por, segundo elas, forçar uma independência precoce do bebê... Por aqui foi aplicado, deu super certo e foi a salvação da minha sanidade mental e da qualidade de vida do meu bebê! Eu não queria. Sofri. Relutei. Mas cheguei num ponto de exaustão tão grande onde o meu nível de estresse estava tão alto que eu estava sendo uma péssima mãe! Sem paciência, mau humorada, infeliz, chorona... E concluí que se eu não estivesse bem, nenhum dos dois estaríamos!


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Ele chorou? Sim! UMA noite porque ele era um bebê e ele não sabia falar... O choro era o único jeito dele manifestar que algo diferente estava acontecendo e que ele estava estranhando! Ele se tornou independente pra dormir? SIM! E qual o problema nisso?! Eu coloco ele no bercinho, fecho a porta e ele fica lá, brincando, feliz, até o soninho aparecer! Meu bebê se afastou de mim depois disso? Pelo contrário!!! Acho que hoje, se ele pudesse falar, me agradeceria imensamente por ter dado um jeito de "salvar nossa relação"! HAHAHAHA Afinal, aquelas madrugadas em claro estavam exaustivas para mim, mas com certeza pra ele também!


O que queria mesmo mostrar com ESSE post aqui é que SOMOS TODAS mães e todas levamos em NOSSO CORAÇÃO a melhor das intenções (ao menos de modo geral né?)! Precisamos agir segundo aquilo que sentimos ser o certo, o melhor e o adequado para nossos filhos e nossas famílias, independente de regras sociais, de teses do momento ou do que sua melhor amiga expert mãe de cinco acha certo ou errado! Não existe certo ou errado nas coisas do coração! Se seu coração vai contra a teoria da fulana ou o jeito da ciclana criar o filho dela, paciência minha querida! O mestre da sua vida e da vida do seu filho (pelo menos por enquanto!) deve ser o seu coração! Siga seus extintos e contanto que seu filho, e sobretudo VOCÊ, estejam bem e de alma leve, pode ter certeza que dará tudo certo! A estrada da maternidade é longa, é difícil, mas seguindo a "teoria lá de dentro" com certeza o percurso fica bem mais gostoso e leve e com certeza é possível enxergar a chegada a um destino bem feliz!


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Se permita ser a melhor mãe que existe dentro de você! Confia em mim vai?!


Beijinhos, beijinhos...

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